✨O que é a verdade?
Alguns dizem que é um espelho inteiro, outros que são cacos — cada um segurando apenas um fragmento. A verdade, talvez, não esteja no que se afirma, mas na coragem de continuar perguntando. De olhar para o escuro e, ainda assim, não piscar.
✨Como posso levar uma vida ética?
Talvez não haja um manual universal, mas sim bússolas interiores — inquietações que nos cutucam quando ferimos o outro, mesmo que em silêncio. Viver eticamente não é estar certo o tempo todo, mas se importar em tentar. É errar, reconhecer, reparar. É saber que todo gesto constrói ou destrói algo além de nós mesmos.
✨E o livre-arbítrio… existe mesmo?
Pode ser que sejamos rios entre margens que não escolhemos, mas com alguma liberdade para decidir como fluir. Talvez não sejamos completamente livres, mas somos, ao menos, responsáveis. Pelas palavras que deixamos escapar. Pelos silêncios que escolhemos manter. Pelas mãos que estendemos — ou cruzamos.
Desde que o mundo é mundo, alguém olha para o céu e pergunta. Alguém escreve, alguém contesta, alguém cala. Sócrates bebeu cicuta por não abrir mão do pensamento. Espinosa foi excomungado por questionar certezas. Simone de Beauvoir ousou pensar o que as mulheres sentiam. E tantos outros, nos bastidores do tempo, acenderam pequenas velas contra a escuridão do dogma.
Talvez a filosofia — essa arte de viver perguntando — seja menos sobre encontrar respostas e mais sobre viver com mais consciência, com mais lucidez, com mais ternura.
Talvez a verdade não seja um destino, mas uma estrada.
E nós, caminhantes atentos, seguimos com o coração entreaberto, como quem sabe que a dúvida, às vezes, é a forma mais honesta de fé.
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