✨por Mr. Jonas
Cada vez mais, me dou conta de que estamos nos afogando em superficialidades. É como se a vida, essa travessia tão breve, estivesse sendo desperdiçada em corredores estreitos de vaidade, disputas inúteis, julgamentos apressados e egos inflados. É uma pressa sem direção. Uma competição sem prêmio. Um ruído constante que nos impede de ouvir o que realmente importa.
Fico observando — e me observando também — e percebo o quanto gastamos energia com picuinhas. Com aquela necessidade absurda de ter razão. De responder rápido. De postar tudo. De mostrar uma felicidade fabricada, como se ser feliz de verdade não fosse silencioso, simples, até meio invisível.
A humanidade, parece, desaprendeu a arte do essencial. E não falo aqui de um purismo romântico ou de uma nostalgia pela “vida como era antigamente”. Não. Eu falo de um despertar. Um cansaço produtivo. Uma decisão consciente de não alimentar o que desgasta. Porque a vida é mesmo curta. E o tempo não faz acordos.
Estou, dia após dia, me afastando do ruído. Das brigas pequenas. Dos comentários ácidos. Da necessidade de me provar. Estou abrindo espaço — não em gavetas, mas dentro de mim — para o que é leve, para o que constrói. Quero sentar à mesa com gente que olha nos olhos. Quero caminhar sem pressa com quem entende que presença vale mais do que palavras bonitas. Quero estar onde a alma não precisa se encolher pra caber.
Escolhi o simples. O real. Aquilo que, quando a cortina da existência baixar, vai ter valido cada segundo. Porque, no fim, não é sobre ganhar discussões, acumular conquistas ou mostrar ao mundo uma versão editada de si mesmo. É sobre viver. E viver de verdade é muito mais do que estar vivo — é estar presente, inteiro, sensível.
E por isso sigo. De olhar limpo. De alma aberta. De coração disposto. Porque já perdi tempo demais com o que não leva a nada. Agora, quero mesmo é caminhar com o que vale a pena.
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