Mais focado,
no que me acende, no que me eleva,
no que faz sentido — e só.
Mais reservado,
como quem entende que nem tudo precisa ser dito,
nem todo silêncio precisa ser quebrado.
Mais seletivo,
porque nem todo convite vale o caminho,
nem toda presença vale o tempo.
Mais simples,
leve, sem excessos,
sem pesos que não são meus.
Mais tranquilo,
feito rio que aprendeu a contornar pedra,
sem precisar quebrá-la.
E mais longe,
bem longe,
de tudo que não me soma,
não me nutre,
não me faz crescer.
Caminho pra dentro,
onde a paz mora,
onde o barulho do mundo não me alcança.
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