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quinta-feira, 5 de junho de 2025

O valor do guarda-chuva e das relações

Na vida, há pessoas que só aparecem quando tudo desaba, quando o céu desmorona, quando os ventos sopram contra e a tempestade parece não ter fim. Elas somem nos dias de sol, nos momentos de calmaria, nos tempos de bonança. Mas, quando as primeiras gotas começam a cair, quando a dificuldade se anuncia, lembram que você existe — e estendem a mão, não para oferecer abrigo, mas para pedir o seu guarda-chuva.

Esse guarda-chuva pode ser muitas coisas: seu tempo, sua atenção, sua escuta, seu ombro amigo, sua generosidade. E tudo bem ser apoio, ser colo, ser amparo. Isso faz parte de quem somos quando temos um coração disposto a ajudar.

O problema é quando essa relação se torna de mão única — onde você empresta, oferece, acolhe, e o outro só aparece quando precisa, desaparecendo logo que a tempestade passa.

Por isso, o ensinamento é claro e direto: valorize quem está contigo também nos dias de sol. Quem celebra suas conquistas, quem caminha ao seu lado sem precisar de nuvens carregadas para lembrar que você existe. A vida já tem chuva suficiente; não precisamos carregar o peso de relações que só nos buscam por interesse.

Guarde seu guarda-chuva para quem também te protege da vida, para quem te cobre quando você está vulnerável, para quem permanece — com ou sem tempestade.

Porque amizade, amor e reciprocidade não podem ser sazonais. Eles precisam ser constantes, como aquele sol que, cedo ou tarde, volta a brilhar depois da chuva.

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