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segunda-feira, 2 de junho de 2025

Quando a Saudade Chega

Tem dias que ela vem, sem dizer por quê,

Escorrega nas frestas do pensamento,

Senta no peito, faz morada, sem bater.

E de repente, sou só lembrança e sentimento.


Traz cheiro de abraço que não volta,

Vozes guardadas no fundo da memória,

Risos que o tempo não leva nem solta,

Fragmentos vivos de uma velha história.


Saudade… ah, palavra que dói e acalma,

É ausência que pulsa, queima, abraça,

É visita que não pede permissão pra alma,

E transforma silêncio em lágrima que não passa.


É o preço — justo e cruel — de ter vivido,

De ter amado, sorrido, tocado, sentido.

Se hoje dói, é porque valeu.

E se o peito aperta… é porque foi real.

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