domingo, 1 de junho de 2025

Quando Tudo Vira Retrato!

Tenho vivido de reflexão.

Não como quem busca respostas definitivas,

mas como quem tenta, ao menos,

ser honesto consigo mesmo.

 

Não sou dono da verdade.

Ela não me pertence,

não pertence a ninguém.

Sou só mais um ser

feito de falhas,

de tropeços,

de vontades e ausências,

de desejos que se confundem

entre a alma e o coração.

 

Queremos tanto,

buscamos tudo,

abraçamos o mundo,

e às vezes…

somos só nada.

 

Nada.

 

E não —

não é desvalorizar a vida.

É só reconhecer sua brevidade,

sua fragilidade,

esse sopro que se vai

quando menos esperamos.

 

Então eu me pergunto,

te pergunto,

pergunto ao mundo:

 

Pra quê?

Pra que tanto orgulho?

Pra que a inveja,

a soberba,

a vaidade,

o ciúme,

a ganância,

a falsidade,

a arrogância,

a avareza?

 

Pra quê,

se o fim é o mesmo

pra mim,

pra você,

pra qualquer um?

 

Na morte…

não há diferença.

O rico e o pobre,

o preto e o branco,

o chefe e o empregado,

o famoso e o anônimo —

todos, um dia,

seremos pó.

 

Seremos saudade.

Seremos memória.

Seremos uma lágrima

que escorre no rosto

de quem nos amou.

 

Seremos um retrato —

na parede,

no quarto,

no jazigo,

ou perdido

em algum canto

de qualquer lugar.

 

Se entendêssemos isso antes,

talvez a vida fosse mais leve.

Menos disputa.

Mais abraço.

Menos vaidade.

Mais amor.

 

Porque, no fim,

é só isso que fica.

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