Será que sabemos, de fato, quem somos?
Ou será que passamos a vida apenas buscando essa resposta — sem olhar com profundidade para dentro de nós?
A pergunta “Quem eu sou?” nunca foi tão urgente quanto nos dias atuais, marcados por ruídos, pressa e desencontros.
É um chamado íntimo à consciência.
É o início da transformação.
Mas como buscar essa resposta?
Acredito que somos, de muitas formas, instrumentos de conhecimento.
Somos mensageiros-aprendizes, como bem define Rick Chester — o homem do vídeo da água e autor do livro “Pega a visão – Verás que um filho teu não foge à luta”.
E qual seria a mensagem que carregamos?
Segundo Chester, a resposta é clara: transformação e libertação através do conhecimento.
E eu concordo plenamente. Conhecimento, quando verdadeiro e bem intencionado, não apenas informa — transforma. Ele liberta a mente, desperta o senso crítico e nos tira da zona de conforto da ignorância.
Mas há algo que incomoda:
Nem sempre quem compartilha conhecimento é bem recebido.
Às vezes, a mensagem é mal interpretada.
Muitos se sentem afrontados, confundem o compartilhar com arrogância, o testemunho com pregação.
Esquecem que, muitas vezes, a mensagem é, antes de tudo, um espelho para quem escreve.
É um relato pessoal.
É um “eu também já estive aí”.
É uma tentativa sincera de ajudar, provocar reflexão ou abrir espaço para um novo ponto de vista.
No mesmo livro, Chester fala de algo que considero fundamental:
Toda transformação começa no “eu”.
É preciso reconhecer:
“Fui eu que errei.”
“O erro sou eu.”
“Eu posso (e devo) corrigir.”
Mas vivemos num mundo acostumado a transferir a culpa, apontar o dedo, terceirizar a responsabilidade.
Assumir-se como parte do problema é, por si só, um passo libertador — e corajoso.
“Quem eu sou?” não é apenas uma questão filosófica.
É uma urgência espiritual, social, emocional.
É uma semente de mudança para tempos conturbados e vociferantes.
E, talvez, só encontraremos a resposta verdadeira
quando pararmos de fugir de nós mesmos —
e começarmos, enfim, a nos escutar.
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