domingo, 15 de junho de 2025

Será que sabemos quem somos?

Será que sabemos, de fato, quem somos?

Ou será que passamos a vida apenas buscando essa resposta — sem olhar com profundidade para dentro de nós?


A pergunta “Quem eu sou?” nunca foi tão urgente quanto nos dias atuais, marcados por ruídos, pressa e desencontros.

É um chamado íntimo à consciência.

É o início da transformação.


Mas como buscar essa resposta?


Acredito que somos, de muitas formas, instrumentos de conhecimento.

Somos mensageiros-aprendizes, como bem define Rick Chester — o homem do vídeo da água e autor do livro “Pega a visão – Verás que um filho teu não foge à luta”.


E qual seria a mensagem que carregamos?


Segundo Chester, a resposta é clara: transformação e libertação através do conhecimento.

E eu concordo plenamente. Conhecimento, quando verdadeiro e bem intencionado, não apenas informa — transforma. Ele liberta a mente, desperta o senso crítico e nos tira da zona de conforto da ignorância.


Mas há algo que incomoda:

Nem sempre quem compartilha conhecimento é bem recebido.

Às vezes, a mensagem é mal interpretada.

Muitos se sentem afrontados, confundem o compartilhar com arrogância, o testemunho com pregação.

Esquecem que, muitas vezes, a mensagem é, antes de tudo, um espelho para quem escreve.

É um relato pessoal.

É um “eu também já estive aí”.

É uma tentativa sincera de ajudar, provocar reflexão ou abrir espaço para um novo ponto de vista.


No mesmo livro, Chester fala de algo que considero fundamental:

Toda transformação começa no “eu”.

É preciso reconhecer:

“Fui eu que errei.”

“O erro sou eu.”

“Eu posso (e devo) corrigir.”


Mas vivemos num mundo acostumado a transferir a culpa, apontar o dedo, terceirizar a responsabilidade.

Assumir-se como parte do problema é, por si só, um passo libertador — e corajoso.


“Quem eu sou?” não é apenas uma questão filosófica.

É uma urgência espiritual, social, emocional.

É uma semente de mudança para tempos conturbados e vociferantes.


E, talvez, só encontraremos a resposta verdadeira

quando pararmos de fugir de nós mesmos —

e começarmos, enfim, a nos escutar.


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