Toda partida é dor disfarçada,
é ausência que se insinua no espaço vazio,
é adeus que não sabe ser inteiro.
Mas… sobre partidas,
existem também chegadas.
Nem tudo que vai, vai para sempre.
Nem todo fim é desfecho —
às vezes, é só início com outro nome.
Quem parte, leva um pouco de nós.
Mas, às vezes, deixa espaço
para que algo novo chegue,
para que outro abraço encontre lugar,
para que a vida, em sua dança misteriosa,
nos surpreenda mais uma vez.
Partir dói, sim.
Mas chegar cura.
É o ciclo secreto do tempo,
é o vai-e-vem do destino,
é a forma como o universo nos ensina
a perder com ternura
e a ganhar com gratidão.
Entre a partida e a chegada,
há um intervalo de silêncio,
um tempo de espera,
um espaço onde crescemos,
onde aprendemos a confiar
naquilo que ainda não vemos.
Porque no fim —
ou melhor, no recomeço —
a vida se revela assim:
cada adeus carrega, em segredo,
um novo “olá” que ainda não entendemos.
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