segunda-feira, 16 de junho de 2025

O Tempo Não Envelhece os Sonhos

Quem foi que disse que existe prazo para recomeçar? Quem decretou que os sonhos têm idade de validade, ou que metas só podem ser traçadas com a vitalidade dos vinte anos?

 

A verdade é que o tempo marca a pele, sim, mas não tem força para limitar a alma. Enquanto houver vontade pulsando por dentro, haverá caminho. Enquanto houver brilho nos olhos ao falar de algo novo, haverá direção.

 

Há quem comece a pintar aos sessenta. Há quem volte a estudar aos setenta. Há quem aprenda a tocar um instrumento quando já coleciona rugas e memórias. Há quem se apaixone de novo, com a leveza que só a maturidade permite. E tudo isso é prova de que o relógio não tem autoridade sobre os sonhos.

 

Muitas vezes, é justamente com o passar do tempo que os sonhos ganham sentido mais profundo. Porque já não são mais sobre provar algo a alguém, mas sobre viver com verdade. Já não carregam pressa, mas intenção. Já não se curvam ao medo, porque o medo, com o tempo, também aprende a se calar diante da coragem acumulada.

 

A cada amanhecer, a vida nos entrega um convite silencioso: E se hoje você começasse? Não importa a idade. Não importa quantas voltas o mundo já deu. Sempre é tempo de uma nova ideia, um novo desejo, uma nova história.

 

Recomeçar é um ato de fé. E sonhar, independentemente da idade, é um ato de resistência contra o conformismo. Quem sonha não se rende. Quem sonha, vive.

 

Portanto, se há um desejo adormecido dentro de você, acorde-o. Se há uma meta esquecida na gaveta, retire o pó. Você nunca é velho demais para desejar, para tentar, para começar. Nunca é tarde demais para se tornar quem você ainda pode ser.

 

Afinal, os sonhos não envelhecem. Apenas esperam, pacientemente, que a gente volte a acreditar neles.

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