Quem foi que disse que existe prazo para recomeçar? Quem decretou que os sonhos têm idade de validade, ou que metas só podem ser traçadas com a vitalidade dos vinte anos?
A verdade é que o tempo marca a pele, sim, mas não tem força para limitar a alma. Enquanto houver vontade pulsando por dentro, haverá caminho. Enquanto houver brilho nos olhos ao falar de algo novo, haverá direção.
Há quem comece a pintar aos sessenta. Há quem volte a estudar aos setenta. Há quem aprenda a tocar um instrumento quando já coleciona rugas e memórias. Há quem se apaixone de novo, com a leveza que só a maturidade permite. E tudo isso é prova de que o relógio não tem autoridade sobre os sonhos.
Muitas vezes, é justamente com o passar do tempo que os sonhos ganham sentido mais profundo. Porque já não são mais sobre provar algo a alguém, mas sobre viver com verdade. Já não carregam pressa, mas intenção. Já não se curvam ao medo, porque o medo, com o tempo, também aprende a se calar diante da coragem acumulada.
A cada amanhecer, a vida nos entrega um convite silencioso: E se hoje você começasse? Não importa a idade. Não importa quantas voltas o mundo já deu. Sempre é tempo de uma nova ideia, um novo desejo, uma nova história.
Recomeçar é um ato de fé. E sonhar, independentemente da idade, é um ato de resistência contra o conformismo. Quem sonha não se rende. Quem sonha, vive.
Portanto, se há um desejo adormecido dentro de você, acorde-o. Se há uma meta esquecida na gaveta, retire o pó. Você nunca é velho demais para desejar, para tentar, para começar. Nunca é tarde demais para se tornar quem você ainda pode ser.
Afinal, os sonhos não envelhecem. Apenas esperam, pacientemente, que a gente volte a acreditar neles.
Nenhum comentário:
Postar um comentário