segunda-feira, 16 de junho de 2025

Felicidade, Essa Coisa Silenciosa

Que a felicidade não espere o relógio,

nem a chegada de um verão perfeito.

Que ela não dependa do cenário ao redor,

mas floresça, tímida, no peito.


Que não precise de aplausos,

nem de cifras, nem de sorte jogada ao acaso.

Que brote do gesto singelo,

do riso leve, do abraço raso.


Que ela venha descalça,

sem aviso, sem pompa, sem razão.

Que caiba numa xícara quente,

num olhar que entende,

num toque de mão.


Que não seja conquista de poucos,

mas possibilidade de todos.

Que nasça de dentro para fora,

como quem ilumina

o escuro de um outro alguém.


Porque a verdadeira felicidade

não se compra, não se mede, não se guarda — ela se reparte.

E quanto mais se oferece,

mais se tem.

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