domingo, 15 de junho de 2025

O Idioma da Paz!

Nem todo mundo que passa pela nossa vida fica. Mas alguns — benditos sejam — chegam de mansinho, sem prometer nada, e mesmo assim deixam tudo melhor.


Eles não fazem alarde.

Chegam com leveza, como quem não quer incomodar, e de repente já fazem parte da paisagem da nossa rotina.

Sabem ouvir sem apressar, sabem falar sem ferir.

Têm um jeito simples de existir, mas um efeito profundo em quem cruza o caminho deles.


Falam o idioma da paz.

Aquele que não se aprende nos livros, mas na escuta verdadeira.

São pessoas que sabem o valor do silêncio compartilhado, que entendem que respeito não é só sobre concordar, mas sobre acolher até o que não se compreende completamente.


Elas nos aceitam como somos — com as rachaduras, os tropeços, os dias ruins.

Não exigem perfeição, mas presença.

Não pedem máscaras, mas verdade.

E talvez seja isso que nos toca tanto: o fato de podermos ser inteiros, sem receio de sermos demais ou de menos.


Vivemos cercados por pressa, barulho e cobrança.

Por isso, quem chega com gentileza vira abrigo.

Quem toca com carinho vira cura.

Quem olha com respeito vira espelho limpo daquilo que ainda temos de mais bonito.


No fundo, a gente não se lembra tanto do que recebeu, mas do que foi sentido.

O mundo se transforma com os gestos que oferecemos, e não com o que guardamos para nós.

É o afeto que compartilhamos que permanece.

É a bondade que espalhamos que marca.


Porque, no fim das contas, a única herança verdadeira que deixamos é aquilo que fizemos sentir nos outros.


E por isso, benditos sejam.

Os que chegam leves.

Os que plantam paz.

Os que nos enxergam por inteiro e, mesmo assim, escolhem ficar.

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