Há dias em que o mundo parece pesar demais sobre os ombros. Acordar já é uma batalha. Levantar-se exige coragem que a alma nem sempre encontra logo cedo. E diante do espelho, a pergunta silenciosa volta: “Como eu vou conseguir passar por isso?”
É nesses momentos que a fé entra em cena. Não como um passe de mágica. Não como uma solução rápida. Mas como um sopro. Um fio invisível que nos sustenta quando tudo ameaça ruir.
A fé não resolve a equação difícil da vida, mas ela muda o jeito como a gente encara os números. Ela não remove os obstáculos, mas nos dá calçados mais firmes para atravessar o caminho cheio de pedras. Ela não evita o choro, mas nos garante que há consolo depois das lágrimas.
Quando dizemos que a fé torna tudo possível, não estamos falando de facilidades. Estamos falando de força para continuar mesmo sem ver saída. Estamos falando daquela esperança que resiste à lógica, que insiste quando tudo ao redor diz para desistir.
Fé é o sim que a alma dá, mesmo quando o corpo está cansado. É seguir em frente mesmo sem entender o porquê. É plantar mesmo sem certeza de colheita. É segurar firme na mão de Deus sem exigir explicações.
Talvez seja por isso que os que têm fé não são os mais sortudos, mas, muitas vezes, os mais corajosos. Eles caminham sobre as mesmas estradas esburacadas que todos nós. Mas caminham com um brilho nos olhos que vem de dentro.
Porque para quem tem fé, o impossível não é o fim. É apenas o ponto de partida para um milagre.
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