Há uma sabedoria silenciosa no compasso do tempo. Uma espécie de dança invisível que organiza tudo, mesmo quando não conseguimos entender. “Tudo em seu devido tempo” não é apenas uma frase feita — é um lembrete de que a vida tem um ritmo próprio, e que nem tudo precisa acontecer agora.
Quantas vezes nos frustramos por não vermos resultados imediatos? Queremos respostas prontas, caminhos abertos, colheitas abundantes… mesmo quando mal plantamos a semente. Mas o tempo, esse artesão paciente, sabe exatamente o momento de fazer florescer o que é verdadeiro.
Insistir em apressar as coisas é como tentar amadurecer uma fruta à força. Pode até parecer bonita por fora, mas por dentro, ainda não está pronta. E a vida é assim também — algumas portas se fecham agora para que outras se abram quando estivermos preparados. Algumas pessoas se afastam para que a gente se reencontre consigo mesmo. Algumas pausas acontecem não por castigo, mas por proteção.
A espera, por mais incômoda que pareça, é também um ato de fé. É confiar que o que é nosso encontrará o caminho até nós — no tempo certo, do jeito certo, com o significado certo.
Enquanto isso, a vida segue. E cabe a nós aprender a respirar fundo, sem pressa, e perceber que muitas vezes, o tempo não está nos negando as coisas — está apenas nos ensinando a merecê-las.
Nenhum comentário:
Postar um comentário