A crítica é algo que podemos facilmente evitar não dizendo nada, não fazendo nada e não sendo nada. - Aristóteles
A frase de Aristóteles soa como um lembrete desconfortável, porém necessário: se quisermos escapar da crítica, basta não sermos nada. Simples, não? Mas, ao mesmo tempo, profundamente trágico.
Porque, no fundo, viver é se expor. É correr o risco de errar, de incomodar, de não agradar. É entender que qualquer movimento — uma escolha, uma palavra, um silêncio — carrega consigo o julgamento alheio.
Quem não quer ser criticado pode, sim, escolher a neutralidade. Pode se esconder na zona segura do não fazer, não dizer e não se posicionar. Mas, nesse esconderijo, também abre mão de viver plenamente, de construir, de transformar, de deixar sua marca no mundo.
A verdade é que a crítica faz parte do pacote da existência. Ela vem quando tentamos, quando ousamos, quando ocupamos espaços. Ela aparece, inevitavelmente, quando deixamos de ser espectadores e escolhemos ser protagonistas da nossa própria história.
Portanto, que sejamos lembrados não pelo medo de ser criticados, mas pela coragem de sermos quem somos — com nossas imperfeições, escolhas, quedas e recomeços. Afinal, só não é questionado quem nunca se atreveu a viver de verdade.
E viver, meu caro… viver é, por si só, um ato de coragem.
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