Às vezes, a vida é ponto final,
Encerrando capítulos com bravura ou cansaço.
É adeus sem volta,
Silêncio depois do grito,
Um fim que pede respeito.
Outras vezes, é vírgula,
Respirando entre escolhas,
Trazendo pausas que confundem
Mas também esclarecem.
É a arte de continuar mesmo sem certeza,
De seguir tropeçando,
Com a alma entre uma frase e outra.
E tem dia que é reticência…
Quando não sabemos o que dizer,
Mas sentimos tudo.
Quando uma palavra é pouco,
E o coração escreve no ar
o que a boca não ousa pronunciar.
É esperança suspensa,
Dúvida que dança,
Promessa que ainda não se cumpriu.
Vivemos entre esses sinais.
Pontuamos afetos,
Corrigimos rumos,
Rabiscamos emoções em folhas invisíveis.
O ponto nos ensina a aceitar.
A vírgula, a recomeçar.
E as reticências…
Ah, essas nos lembram que
nem tudo precisa ser explicado.
Algumas coisas são só sentidas
e continuam…
Nenhum comentário:
Postar um comentário