Recomeçar não é esquecer.
É lembrar de outro jeito.
É pegar os cacos e, com mãos trêmulas, desenhar um novo contorno de si.
Há recomeços que são discretos — quase imperceptíveis.
Uma decisão pequena, um passo tímido, mas que muda todo o rumo.
Outros são abruptos. Cortam, doem, dividem.
Mas mesmo eles, com o tempo, ensinam a força da reconstrução.
Recomeçar é entender que não se trata de voltar ao ponto de partida.
Mas de seguir com o que se tem, com o que sobrou, e transformar isso em um novo caminho.
Porque a vida é assim: ciclos que fecham, portas que se abrem, e o coração — teimoso e bonito — sempre disposto a tentar de novo.
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