terça-feira, 10 de junho de 2025

Quando o Milagre se Oculta no Simples

Na minha jornada de fé, descobri uma verdade que parece pequena, mas carrega um peso imenso: são as pedras miúdas, não as grandes montanhas, que mais frequentemente nos fazem tropeçar.


Muitas vezes estamos tão focados na conquista final, no milagre grandioso, que deixamos de perceber a importância dos passos pequenos — aqueles que moldam o caráter, que afinam a escuta, que preparam o coração.

Foi isso que aprendi ao refletir sobre a história de Naamã. Um homem de prestígio, acometido por uma doença incurável. Ele foi até o profeta Eliseu em busca de cura, esperando encontrar um gesto grandioso, uma cerimônia poderosa. Mas o que recebeu foi uma instrução simples: mergulhar sete vezes no rio Jordão.

A princípio, Naamã resistiu. Parecia pouco, parecia simplório demais para um problema tão profundo. Mas quando se rendeu à simplicidade, o milagre aconteceu. A cura veio não através do espetacular, mas da obediência humilde a um gesto ordinário.

Essa história nos ensina que Deus age, muitas vezes, no que parece insignificante. Um perdão dado em silêncio. Uma oração feita em lágrimas. Uma atitude pequena, mas carregada de fé. O céu se move, mesmo quando nossos olhos não veem.


Reflexão Final

Não espere sempre por trovões e relâmpagos quando Deus quiser falar com você. Às vezes, Ele sussurra. E, às vezes, o sussurro vem num gesto simples, num conselho inesperado, num caminho que parece comum demais para conter algo divino.

Aprenda a olhar com atenção para os detalhes da sua caminhada. Pode ser que o milagre esteja escondido justamente ali — entre a pedra que você quase chutou e o passo de fé que você quase deixou de dar.

Porque, no fim, o verdadeiro milagre não é apenas aquilo que Deus faz por nós, mas o que Ele faz em nós, enquanto caminhamos.

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