Quem tem luz não precisa gritar,
Ela acende sozinha, sem alarde,
Ilumina o caminho, sem pisar em ninguém,
E mesmo em silêncio, deixa sua verdade.
Mas há quem tema o brilho alheio,
Não por falta de olhos,
Mas por excesso de sombras.
A claridade incomoda quem se esconde de si.
É fácil apontar o dedo para quem brilha,
Difícil é enxergar a escuridão que se carrega.
A luz dos outros não é ameaça,
É só um espelho que revela o que falta.
Quem vive na sombra quer silêncio,
Mas a luz fala — sem voz, sem gesto,
Fala através da paz que emana,
Do bem que se faz, mesmo em protesto.
Então, se sua luz incomoda,
Não peça desculpas.
Não apague seu brilho para caber em sombras.
Quem quiser caminhar ao seu lado,
Que aprenda a acender também a própria chama.
Pois a luz que vem de dentro
É farol para muitos,
E mesmo quando incomoda,
É sempre necessária.
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